Destaque

Paraíba cresce acima da média nacional na abertura de novos negócios e vai sediar maior evento de empreendedorismo do Nordeste

Entre janeiro e agosto de 2025, a Paraíba registrou um...
Leia mais
Destaque

Na Paraíba: Polícia Civil prende homem por tentativa de feminicídio contra idosa com deficiência visual

A Polícia Civil da Paraíba, por meio de uma ação...
Leia mais
Destaque

Suspeito de estuprar criança é espancado no Parque Sólon de Lucena, em João Pessoa

Um homem de 23 anos foi espancado no início da...
Leia mais
Destaque

TRE julga procedente denúncia de fraude à cota de gênero em Itaporanga e cassa mandato de vereador

Na manhã desta quinta-feira, dia 16, o Tribunal Regional Eleitoral...
Leia mais

PRINCESA ISABEL: HRPI realiza mais de 24 mil exames e 20 mil atendimentos no primeiro quadrimestre de 2022

O Hospital Regional Deputado José Pereira Lima, em Princesa Isabel (´PB) realizou, no primeiro quadrimestre de 2022, o total de 6.055 atendimentos ambulatoriais de urgência e emergência, dos quais foram 1.586 em janeiro, 1.860 em fevereiro, 1.279 em março e 1.330 em abril, e 14.205 consultas com especialistas, o que resultou na realização de 7.609 procedimentos, como aferição de pressão arterial, nebulização, administração de medicamentos, transfusão, passagem de sonda, retirada de dreno, entre tantos outros.

Além disso, foram realizados 24.526 exames e/ou testes rápidos, entre laboratoriais, radiografias, Ecocardiogramas, hepatite B e C, HIV, COVID, Sífilis, colposcopias, mapeamento de retina e testes do coração, do pezinho, do olhinho e da orelhinha.

O HRPI funciona 24h por dia, 7 dias por semana, com atendimento multiprofissional de média complexidade para pacientes de Princesa Isabel e de outros 17 municípios, da Paraíba e do Pernambuco, de forma pactuada.

Após sua municipalização, o Hospital Regional de Princesa recebeu o maior investimento desde a construção: um anexo com 18 novos leitos, distribuídos nas alas verde, amarela e vermelha. Além disso, a unidade hospitalar recebeu, recentemente, um novo aparelho de Raio-x e 80 mil reais em equipamentos para o laboratório de análises clínicas.

Ascom/PMPI

Tavares: Nasce mais um bebê no Hospital Municipal José Leite da Silva

Pode ser uma imagem de pessoa, bebê e área interna

Na tarde desta quinta-feira (19), no Hospital Municipal José Leite da Silva, em Tavares (PB) que atende 24 horas todos os dias a população Tavarense, o médico plantonista Dr. Diomar Pegado, acompanhado pela equipe composta pelas enfermeiras Pâmera e Isabel, e o técnico em enfermagem Francisco, realizou o nascimento de mais uma bebê do sexo feminino que nasceu às 15h41, de parto normal, com 3kg e 52 centímetros.

A mãe da recém-nascida, Kelle Pereira de Lima, tem 33 anos e reside no Povoado Jurema, na zona rural.

Parabéns a mamãe Kelle, desejamos a vocês muita saúde e felicidades, recebam o carinho de toda a equipe da saúde.

Ascom PMT – por Marta Alves

Concurseiro de Princesa Isabel (PB), chega a 15 aprovações em concurso publico. Confira!

Nenhuma descrição disponível.O caminho para conseguir a aprovação em concursos públicos é árduo, sendo comum acontecer momentos de desânimo. No entanto, existem histórias que servem como fonte de inspiração para ajudar concurseiros a se manterem motivados durante a preparação, como por exemplo: a do princesense, Valdemar Casusão (Casusa).

Pode ser uma imagem de 4 pessoas e pessoas em pé

Ele foi aprovado em 15 concursos (dos 21 que concorreu) nas esferas municipal, estadual e federal.
Não foi fácil, mas ele não desistiu e disse que cada passo dado sentia mais vontade por conquistar a aprovação

O concurseiro e blogueiro, Casusa, vem se destacando nas aprovações em concurso público na Paraíba e Pernambuco.

Nenhuma descrição disponível.

Casado com a Agente Comunitária de Saúde, Patrícia Dias, com quem têm quatro filhos, Casusa chegou à marca histórica das 15 aprovações em concurso público com muita garra.

Em contato com o blog, Casusa disse que começou estudar um pouco tarde (aos 11 anos de idade). Na época, morava na zona rural de São José de Princesa, quando em 1997, terminou o ensino médio, mesmo ano em que foi aprovado no primeiro concurso público que concorreu. A partir daí, passou a integrar o quadro de funcionário da prefeitura municipal de Princesa Isabel, onde trabalha até hoje.

Disse ainda que sempre teve um sonho, cursar o ensino superior – direito ou serviços sociais, porém teve que adiar, mas não deixando de lado o desejo de realizar o sonho de sua vida.

Nenhuma descrição disponível.

“Sempre tive um sonho de fazer um curso superior em “Direito ou Serviço Social” tive que adiar um pouco, porém não desisti continuei sonhando. Para não trabalhar no roçado (pois o ganho não era suficiente) ou ter que viajar para a colheita do café, laranja, maça e corte de cana no Sul do Pais. Então, apostei no mundo do concurso público, no total já fiz 21 concursos público sendo aprovado em 15. São 11 aprovações municipais, 3 estaduais e 1 federal, foram diversos cargos: desde Auxiliar de Serviços Gerais, Vigilantes, Guarda Municipal, Técnico em Vigilância Sanitária, Técnico Administrativo, Técnico em Saúde Bucal e Agente de Combates as Endemias entre outros”. Diz

Entre as prefeituras que trabalhou estão à prefeitura de Quixaba e Triunfo, no PE. Na Paraíba, trabalhou em Manaíra Tavares e Princesa Isabel.

Atualmente, Casusa é funcionário público na última prefeitura acima citada, e para completar está realizando o sonho de sua vida – é acadêmico do Curso de Serviço Social do 3º semestre (UNIP) Polo de Princesa Isabel. Além de blogueiro, nas horas vagas, ainda auxilia algumas pessoas dando dicas em concursos públicos.

Segundo Casusa, uma das estratégias que ajudaram em sua trajetória foi conhecer o perfil da banca responsável por organizar a prova do certame que queria prestar. Porque dessa forma o candidato consegue estudar através de materiais direcionados de acordo com os principais pontos que costumam ser abordados em cada avaliação, isso pode fazer a diferença!

Para isso, Casusa despõe de apostilhas (preços acessíveis) ricas em conhecimentos que podem ajudar de maneira significativa para o sucesso na disputa por uma vaga em concurso público.

Côco de Odálio, do Republicanos, é eleito prefeito de Tavares

Côco de Odálio, do Republicanos, foi eleito, neste domingo (15), prefeito de Tavares (PB) para os próximos quatro anos. Ao fim da apuração, Côco de Odálio teve 69,61% dos votos. Foram 5.845 votos no total.

O candidato derrotou Luiz Pereira, que ficou em segundo lugar com 30,39% (2.552 votos).

A eleição em Tavares teve 19,38% de abstenção, 1,75% votos brancos e 5,02% votos nulos.

Côco de Odálio tem 47.0 anos, é casado, tem ensino fundamental incompleto e declara ao TSE a ocupação de empresário. Ele tem um patrimônio declarado de R$ 754.500,00.

O vice é Edvaldo Pereira da Silva, do Cidadania, que tem 47.0 anos.

Os dois fazem parte da coligação Juntos Pelo Trabalho, formada pelos partidos REPUBLICANOS, AVANTE, PTB e CIDADANIA.

Veja o resultado após o fim da apuração:
Côco de Odálio – REPUBLICANOS – 69,61%
Luiz Pereira – MDB – 30,39%

* Esta reportagem foi produzida de modo automático com o apoio de um sistema de inteligência artificial e foi revisada por um jornalista do G1 antes de ser publicada. Se houver novas informações relevantes, a reportagem pode ser atualizada. Saiba mais sobre o sistema de inteligência artificial usado pelo G1 em g1.com.br/eleicoes

Proprietária de loja de móveis de Tabira é assassina na noite desta segunda-feira (15)

A comerciante Glaucia Ricarte Nunes de Melo (em destaque na foto), có-proprietária da LB Móveis Eletro, em Tabira – PE, foi morta na noite desta segunda-feira (15). A primeira possibilidade ventilada é de assalto, porém nenhuma possibilidade é descartada pela polícia.

O crime aconteceu na chácara da família, na PE que dá acesso ao município de Solidão.

Glaucia era esposa de Gilberto Melo. Juntos eram proprietários da loja de móveis no centro da Cidade das Tradições na Avenida Raul Pereira Amorim.

Com origem em Água Branca, e Juru, respectivamente, a família que tem negócios há anos em Tabira. Tinham dois filhos.

O corpo deu entrada no Hospital Regional Emília Câmara. Ela já deu entrada sem vida.

Não se sabe ainda a dinâmica do crime e quantas pessoas participaram da ação. Informações preliminares dão conta de que os criminosos abordaram a chácara e teria havido resistência ao crime. Glaucia teria sido baleada na cabeça. A Polícia fez diligências com o intuito de localizar o (os) suspeito (os).

Com informações do Blog do companheiro Nil Júnior

Bolsonaro critica STF e diz que não existe intervenção militar no Brasil

O presidente Jair Bolsonaro criticou o inquérito que investiga as fake news contra o Supremo Tribunal Federal (STF), que considerou um “foco de atrito” com aquele Poder. Ele criticou o fato de o STF ser o réu, o investigador e o juiz e o fato de as investigações terem ocorrido em endereços de pessoas ligadas a ele. “Isso não soa muito bem no Estado Democrático de Direito”, avaliou o presidente em entrevista à BandNews nesta segunda-feira (15).

Ele negou que tenha provocado a Suprema Corte e disse que “não existe intervenção militar”, minimizando bandeiras com esse teor em manifestações em defesa de seu governo. Bolsonaro também negou que queira medir forças com outro Poder, mas criticou o impedimento da nomeação de Alexandre Ramagem para a Polícia Federal. “Foi uma brutal interferência do Supremo Tribunal Federal na escolha do diretor-geral da Polícia Federal. Acho até que estou sendo paciente demais”, disse ele.

Leia mais no Congresso em Foco

Matureia tem doze casos de Covid-19, seis curados e uma pessoa internada

A cidade de Matureia, localizada na Região da Serra do Teixeira, tem doze casos confirmados de coronavírus. Destes, seis pessoas estão curadas, cinco em tratamento domiciliar e uma internada, de acordo com atualização do boletim epidemiológico, desta segunda-feira, 15, divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde.

05 pessoas continuam como suspeitas e não há registro de morte desde o início da pandemia. 45 casos já foram descartados.

Matureia tem desenvolvido ações no combate ao covid-19 e tem controlado o aumento de casos.

A Prefeitura Municipal de Matureia publicou o novo Decreto Nº 20/2020 que prorroga o Estado de Calamidade Pública no município pelo prazo de 180 dias em razão do enfrentamento da pandemia do novo coronavírus (covid-19) e, ainda, estabelece critérios e estratégias para o Plano Municipal de flexibilização das atividades econômicas de forma gradativa.PPortal 40 Graus

Escaramuças políticas e econômicas culminaram com a Revolta de Princesa

Por: Rammom Monte

Há 90 anos, a Paraíba presenciava uma luta que entraria para a história. No dia 28 de fevereiro de 1930, uma cidade paraibana declarava independência provisória e passaria a ter hino, bandeira e leis próprias. O município era Princesa Isabel e embate ficou conhecido como a Revolta de Princesa.

Além de marcar a ruptura de Princesa (que à época tinha este nome) com o Estado da Paraíba, o dia também foi a véspera da eleição presidencial de 1930, que confrontava Getúlio Vargas e João Pessoa de um lado e Júlio Prestes e Vital Soares do outro. Esta segunda chapa é que sairia vencedora (mais isto é um capítulo para outra história).

Porém, apesar da batalha começar oficialmente em 1930, é necessário voltar um pouco no tempo para entender o que culminou na Revolta. Tudo começou com a eleição de João Pessoa para Presidente da Paraíba (cargo hoje equivalente ao de governador), em 1928.

Além do sobrinho de Epitácio Pessoa (e que hoje dá nome à capital paraibana), a Revolta tem outras figuras importantíssimas, entre eles João Dantas, João Suassuna, Carlos Pessoa, e o principal deles, o coronel José Pereira Lima, mais conhecido como Coronel Zé Pereira.

Zé Pereira

Zé Pereira era um grande comerciante de algodão. Além do seu poderio financeiro, ele era uma espécie de primeiro-ministro do Sertão, como bem disse o historiador e escritor José Octávio de Arruda Mello. E como um bom coronel, ele mandava e desmandava pelas bandas da Serra do Teixeira. Contrariá-lo não era algo que os governantes estavam acostumados a fazer. Mas o que parece é que João Pessoa não estava muito preocupado com isso. Em 22 de outubro de 1928 ele assumia o cargo. E o que já se falava na época era que ele veio com a intenção de perseguir o coronelismo, que imperava naquele momento.

No documentário ‘A Princesa do Sertão’, de 2010 e direção de Deraldo Goulart, o filho de Zé Pereira, Aloísio Pereira, já afirmara que João Pessoa veio ao poder com a finalidade de eliminar três coronéis: os Santa Cruz, de Monteiro, os Dantas, de Teixeira, e José Pereira, de Princesa. “João Pessoa já chegou com este intuito”, diz o professor José Octávio.

E não tardou para João Pessoa de fato mostrar o que pretendia. À época, grande parte da produção da Paraíba, principalmente de algodão, era despachada para Recife, Natal e Fortaleza, o que fazia com que o Estado paraibano não arrecadasse com os impostos. Devido a isso, o governador (que na verdade era presidente, mas chamemos assim para facilitar o entendimento), emitiu, em 17 de novembro de 1928, a Lei 673, que implantava um rigoroso sistema de arrecadação tributária que distinguia entre as mercadorias importadas pelo Litoral, através do Porto de Cabedelo, e aquelas que entravam na Paraíba pelas fronteiras terrestres. Essa medida praticamente tornou impossível o comércio do Sertão com os estados vizinhos. Com a decisão, João Pessoa passaria a ser chamado pejorativamente de João Porteira.

Com isso, o clima que já não era dos melhores ia ficando cada vez mais tenso. As medidas deram origem à chamada Guerra Tributária. No meio do entrevero estavam os irmãos Pessoa de Queirós, primos de João Pessoa e figuras importantes em Pernambuco, no tocante ao comércio e à imprensa, através do tradicional Jornal do Commercio, de Recife. E foi se utilizando da força midiática que os Pessoa de Queirós travaram uma batalha pública com o primo governador da Paraíba (mais à frente falaremos do papel da imprensa em todo episódio).

joão-pessoa.jpg
João Pessoa

O que antes era só troca de farpas e amenidades teve seu estopim na corrida eleitoral de 1930, como conta José Octávio em seu livro ‘Nova História da Paraíba – Das origens aos tempos atuais’.

“Em fevereiro, João Pessoa alterara a chapa de deputados federais do Partido Republicano, dela excluindo potentados rurais como João Suassuna e Flávio Ribeiro, aproveitados como candidatos pela Coligação Republicana da Paraíba, mas conservando o primo Carlos Pessoa”, escreveu.

Se faltava uma fagulha para o incêndio começar, já não faltara mais. No dia 19 de fevereiro de 1930, João Pessoa, na tentativa de contornar a crise política, viajou a Princesa. Daí surge muitas versões sobre o que teria acontecido na cidade, mas o que se diz é que os dois estavam prontos para a luta, mas estavam disfarçando. José Américo de Almeida, em seu livro ‘O ano do Nego’, conta que, apesar de festas, ele percebeu que aquilo era simulado, e que havia alguma coisa por trás. João Pessoa deixou para dar a informação da decisão de última hora, na hora da saída.

Em 22 de fevereiro de 1930, o “coronel” José Pereira rompe oficialmente com o Governo do Estado, através do telegrama 52.

“Dr. João Pessoa – Acabo de reunir amigos e correligionários aos quais informei do lançamento da chapa federal. Todos acordaram mesmo que V. Excia., escolhendo candidatos à revelia Comissão Executiva, caracteriza palpável desrespeito aos respectivos membros. A indisciplina partidária que ressumbra do ato de V. Excia, inspirador de desconfianças no seio do epitacismo, ameaça de esquecimento os mais relevantes serviços dos devotados à causa do partido. Semelhante conduta aberra dos princípios do partido, cuja orientação muito diferia da atual, adotada singularmente por V. Excia. Esse divórcio afasta os compromissos velhos baluartes da vitória de 1915 para com os princípios deste partido que V. Excia. Acaba de falsear. Por isso tudo delibero adotar a chapa nacional, concedendo liberdade a meus amigos para usarem direito voto consoante lhes ditar opinião, comprometendo-me ainda defendê-los se qualquer ato de violência do governo atentar contra direito assegurado Constituição. Saudações (a) José Pereira”, escreveu.

Outros citam a movimentação bélica com vistas a garantir o pleito do dia 1º de março. Na véspera, os homens de Zé Pereira e a polícia do Estado, sob o comando de José de Américo de Almeida, marcharam em direção a Teixeira, onde aconteceria o primeiro dos embates. Sobre o dia, há versões divergentes. Afinal de contas, houve ou não embate neste dia? Teve derramamento de sangue ou tudo não passou de uma mera encenação? Vejamos a seguir o que dizem os envolvidos.João Pessoa ao receber o telegrama, respondeu-o em um mesmo tom. Depois disso, era questão de tempo que as guerras nas palavras desbancassem para a luta armada. E assim o foi nos dias que cercavam a eleição presidencial de 1º de março. Há registros que citam que, como dito acima, em 28 de fevereiro o Decreto 01 foi aclamado pela população, que declarou oficialmente a independência da cidade (República de Princesa).

Batalha de Teixeira: o que realmente houve na região?

Há uma controvérsia: um lado defende que ocorreram truculência e confronto; o outro aponta apenas encenação

IMG_0771.JPG
O historiador José Octávio de Arruda Mello destaca que o coronel Zé Pimenta era uma espécie de primeiro-ministro do Sertão Paraibano

O dia era 1º de março de 1930. O palco era a cidade de Teixeira. O que aconteceu? Aí é uma controvérsia. Um lado defende que o que se viu foi truculência e confronto. O outro diz que não teve nada disso. Quem estava falando a verdade? Até hoje não ficou claro. Então vamos às versões e o leitor decide qual lhe parece mais verossímil. Quem narrou as versões foi o professor José Octávio.

“A polícia invade Teixeira. Aí vem uma divergência muito grande, no dia da eleição, os dois lados pretextando garantir a eleição. Zé Pereira veio de lá com o seu pessoal e a polícia pelo lado de cá invadiu para dominar a cidade, que era um foco dominado pelos Dantas. Aí há duas versões. A de Ariano Suassuna ressalta uma versão um tanto romântica. Ele fala da Tia Cota, que Ascendino Feitosa (chefe da polícia) teria a prendido. Ele conta que esta tia dele foi ameaçada por Ascendino, que teria dito que iria beber o sangue dela. E ela teria dito: “Pois então pela primeira vez vai correr sangue bom nestas tuas veias sujas”. Esta é a versão de Ariano”, disse.

E completou: “A versão de Osvaldo Trigueiro é que não aconteceu nada disso, que é uma coisa inteiramente simulada. Esses conflitos da época tinham muito de simulação, encenação. Ele diz que essa briga não existiu, que não houve tiroteio nenhum lá, nada. O que se diz é isso, que a guerra começou em Teixeira, o que é compreensível porque Teixeira fica no meio do mapa. Disse que a polícia chegou lá e, nem uma coisa que era muito comum na época, que era tiro para cima, houve. Essa é a versão de Osvaldo Trigueiro”, conta.

O que se sabe é que houve esse episódio que abriria oficialmente as outras batalhas que ali viriam. Os homens de Zé Pereira eram em um número muito maior do que a polícia, dois mil contra 850. E eles se utilizaram de armas fornecidas pelo próprio Estado anos antes, na tentativa de conter a passagem da Coluna Prestes pela Paraíba. E foi essa vantagem numérica que deixava os homens de Zé Pereira sempre à frente na corrida, como no episódio de Tavares.

“O ponto máximo de penetração da polícia foi o distrito de Tavares, onde coluna comandada pelo capitão João Costa passou de sitiante a sitiada. Tavares é o município vizinho a Princesa, a polícia que estava invadindo ficou aquartelada e João Costa resistindo. Em matéria de organização, os Pereiristas sacavam vantagem”, declarou José Octávio.

Apesar do rompimento ter acontecido em fevereiro, apenas em junho, na primeira e única edição do ‘Jornal de Princeza’, em 21 de junho de 1930, era publicado o decreto, datado de 9 de junho, que proclamava a independência de Princesa.

“Decreta e proclama provisoriamente a independência do município de Princesa, separada do Estado da Paraíba, e estabelece a forma pela qual deve ele se reger. A administração provisória do Território de Princesa, instituída por aclamação popular, decreta e proclama a Resolução seguinte:

ART. I – Fica decretada e proclamada provisoriamente a independência do município de Princesa, deixando o mesmo de fazer parte do Estado da Paraíba, do qual está separado desde 28 de fevereiro do corrente ano.

ART. II – Passa o município de Princesa, constituir com seus limites atuais, um território livre que terá a denominação de Território de Princesa.

ART. III – O Território de Princesa assim constituído permanece subordinado politicamente ao poder público federal, conforme se acha estabelecido na Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil.

ART. IV – Enquanto pelos meios populares não se fizer a sua organização legal, será o Território regido pela administração provisória do mesmo território. Cidade de Princesa, em 09 de junho de 1930.”

O impasse duraria até após a morte de João Pessoa, no dia 26 de julho, em Recife, (mas isso é episódio para outra matéria que publicaremos mais à frente). O presidente da República, Washington Luiz, decidiu terminar com a Revolta de Princesa e o coronel José Pereira não ofereceu resistência, conforme acordo prévio, quando seiscentos soldados comandados pelo capitão João Facó ocuparam a cidade em 11 de agosto de 1930. José Pereira deixou a cidade no dia 5 de outubro de 1930. Depois de anistiado, em 1934, foi residir na Fazenda Abóboras, em Serra Talhada (PE).

O papel da imprensa na Revolta

Além das figuras já citadas, dois veículos tiveram bastante protagonismo nessa batalha: o jornal A União e o Jornal do Commercio. Por trás de um estava o governador da Paraíba João Pessoa e do outro os Pessoa de Queirós, mais precisamente na figura de Francisco.

Ainda em 1929, João Pessoa já atacava os coronéis, na edição do dia 11 de outubro do Jornal A União. “Logo que assumi o governo, verifiquei que tudo estava enfeudado às chefias políticas. O chefe político arrecadava e dispunha, como bem entendia, das receitas públicas. Tributava e não era tributado. Fazia justiça, mas não se deixava justiçar. Tornava-se, como se vê, um elemento pernicioso”, declarou.

O episódio da passagem de João Pessoa em 19 de fevereiro por Princesa (quando ele anunciaria a decisão sobre a retirada de João Suassuna da chapa) foi retratado na edição de 20 de fevereiro de 1930, do Jornal A União. Já a edição do dia 28 trazia a notícia da decisão de João Suassuna disputar a eleição para deputado federal. Um trecho do texto dizia o seguinte:

“Ninguém poderia crer que o homem a quem concedeu nosso partido os postos de maior significação e realce, na esphera da administração pública e da política, fosse pedir ou aceitar um abrigo protector à sombra vacilante das bandeiras inimigas, precisamente no instante que estão em jogos os interesses vitaes da Parahyba e do partido que generosamente o creou (sic)”.

Algumas manchetes dos jornais de março de 1930 d’A União davam a tônica do que estava acontecendo. Em 4 de março, publicava-se a seguinte manchete: “A traição e os traidores”, com um texto que atacava fortemente José Pereira e João Suassuna. A edição de 6 de março voltava a bater ainda mais forte nos revoltosos de Princesa, com uma matéria intitulada “Os cangaceiros de José Pereira tentando convulsionar o Sertão”. Os ataques perdurariam até o fim da Revolta.

Naquele mesmo ano, João Pessoa seria assassinado em 26 de julho, em Recife, como já dito acima, e em outubro, Getúlio Vargas e o exército tomariam o Palácio do Catete, no que ficaria conhecido como a Revolução de 30. Aí já são cenas para os próximos capítulos.

Uso de avião e “tanque blindado”

por Hilton Gouvêa

Tanque blindado de Campina Grande, em 1930.jpg
O “tanque” era tão pesado que não subiu a ladeira do Serrotão, sendo rebocado de volta a Campina Grande

Na Revolta de Princesa Isabel, segundo demonstra o arquivo da Força Aérea Brasileira (FAB),com registro no Índice Assuntos Diversos – Aviação, foi empregado um avião da categoria turismo, da marca Flit, para bombardear o município. Este, de acordo com orientações do então governador João Pessoa, teria a missão preliminar de, inicialmente, lançar panfletos sobre a área de maior ajuntamento de jagunços, convidando-os a se render, sem o emprego de armas e, consequentemente, derramamento de sangue. Convém citar que desde o início da luta os soldados da Força Pública da Paraíba nunca tinham conseguido entrar no reduto do coronel José Pereira.

Seriam necessárias 800 bombas para a operação, que foram fabricadas por Alberto Borges e José Pimentel. Cada uma pesava cerca de 60 quilos e eram altamente explosivas. Seriam lançadas sobre Princesa Isabel, (a 413 quilômetros de João Pessoa). O documento da FAB revela que, João Pessoa, de última hora, teria impedido o bombardeio, embora, nesse ínterim, ainda faltasse o principal instrumento da operação: um avião.

A Paraíba, neste momento de grande decisão, já dispunha de dois aviadores hábeis: Luigi Fossati e Florindo Perroni. O avião, principal instrumento operacional do plano, amerrisou na Praia de Jacumã, a 22 quilômetros da capital, às 14h do dia 14 de abril  de 1930. O piloto era Perroni. A aeronave era um hidroavião, que teve seus trens de pouso – duas canoas – substituídos por rodas, para operar em terra. Ao deslizar numa ribanceira, o aparelho quebrou a hélice e uma das asas. Acabou desmontado e conduzido para Campina Grande, onde seria feito o conserto.

Não houve jeito. O aviador paulista Reinaldo Gonzaga, amigo do governo paraibano, encarregou um certo Charles Astor para adquirir outro aparelho, este batizado de Garoto. Desta vez, o piloto Luigi Fossati conseguiu pousar, com esta avioneta, em Piancó, a 25 de junho de 1930 – um mês e 3 dias depois, João Dantas mataria João Pessoa, em Recife, dentro da Confeitaria Glória, com dois tiros pelas costas. Na localidade de São Boaventura, a nave chegou a dar um voo rasante de 20m de altura, sobre as posições inimigas. Três jagunços morreram de medo, embora o aviãozinho tenha sido atingido por tiros de fuzil, sem se avariar.

Conta-se uma piada sobre este episódio: o avião foi atingido por tiros de fuzil em São Boaventura, no momento em que liberava uma “nuvem” de panfletos. Tratava-se de uma operação de efeito psicológico, sem ocorrência (ainda) de bombas. Um jagunço perguntou ao outro: “Tu acertasse o passarin?” Resposta: “Acho que sim: voismicênum viu o monte de pena qui ele soltou?” Houve também azar: dias depois, o piloto Perroni morreu, daí porque o avião não conseguiu chegar até o centro de Princesa, o coração do quartel-general de José Pereira. Este piloto seria o que, em última hipótese, faria o bombardeio, por conhecer bem a área.

“Viatura de guerra” em CG

A participação de Campina Grande na guerra contra os rebeldes de Princesa Isabel teve um plano iniciado em 1929. Foi lá que fabricaram um “carro-tanque blindado”, para atuar no front das tropas do governo estadual, no grande ataque ao reduto dos jagunços de José Pereira e seu parente, o caboclo Marcolino. Esta curiosa matéria, foi publicada no Anuário de Campina Grande em 1982.

Sabe-se pouco que fim levou o estranho “veículo militar”. Em Princesa ele não chegou. Prova-se que o “tanque” usava pneus da marca Fisk, fabricados pela Fisk Rubber Company, empresa norte-americana fundada em 1924, que exportava pneus e outros produtos para o Brasil. O engenheiro do “blindado” foi o criativo lanterneiro e mecânico Duca Paulino, que montou-o sobre a carroceria de um caminhão GMC. O “tanque” era tão pesado que não conseguiu subir a ladeira do Serrotão, sendo rebocado de volta para Campina Grande, de onde sumiu.

*publicado originalmente na edição impressa de 28 de fevereiro de 2020.

Via A União 

 

Prefeito de Tavares, PB, é preso suspeito de cobrança de propina

O prefeito de Tavares, Aílton Suassuna (MDB), foi preso preventivamente na manhã desta sexta-feira (30), em um desdobramento da Operação República, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Delegacia Especializada de Combate ao Crime Organizado (Deccor). Ele é acusado pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) de ter cobrado propina como condição para o pagamento pela aquisição de dois veículos pela administração municipal.

No dia 14 de novembro, o prefeito já havia sido indiciado, e o irmão dele, secretário de Finanças do município de Tavares, Michael Suassuna, havia sido preso preventivamente, mas foi solto no dia 22 de novembro. Segundo a defesa do secretário, a prisão preventiva foi decretada novamente e Michael Suassuna vai ser apresentado na manhã desta sexta-feira, às 10h, na Deccor, em João Pessoa.

A Operação República foi autorizada pelo desembargador Arnóbio Alves Teodósio, relator do caso no Tribunal de Justiça, que entendeu nesta sexta-feira que a prisão preventiva também deveria ser decretada ao prefeito. Segundo o delegado da Deccor, Allan Murilo Terrual, novas testemunhas ouvidas incriminaram o prefeito no caso investigado. Ele será afastado do cargo e o vice-prefeito, Luiz Poeta, deve assumir o cargo ainda nesta sexta.

Aílton Suassuna foi preso na sua casa, em Tavares. Segundo o Allan Terruel, o prefeito segue para a cidade de Princesa Isabel, onde deve realizar os procedimentos referentes à prisão e, em seguida, será encaminhado para João Pessoa, onde deve prestar depoimento e ficar à disposição da Justiça.

Entenda a Operação República

A denúncia foi formulada pelo Ministério Público da Paraíba, com base em investigação do Gaeco, após denúncia formulada pelo dono de uma concessionária. Em depoimento ao Gaeco, o dono de uma rede de concessionárias do Sertão da Paraíba revelou que venceu uma licitação promovida pelo município de Tavares. O pregão presencial ocorreu no dia 11 de outubro deste ano. O empresário relatou que no dia em que foi divulgado o resultado do certame, um funcionário da empresa dele, representante na audiência, relatou ter sido procurado pelo prefeito.

Durante a conversa, o gestor do município, pessoalmente, teria pedido o pagamento de propina para “facilitar” o pagamento. Os veículos em questão eram dois carros modelo Spin, da Chevrolet, no valor de R$ 78,9 mil, cada um. Ao ser informado de que a empresa não trabalhava com o pagamento de vantagens, o prefeito, segundo o relato do delator, teria pedido o contato do dono da concessionária para contato pessoal.

Provas repassadas ao Ministério Público mostraram que o prefeito teria enviado mensagem por meio de aplicativo para o empresário, dizendo que gostaria de tratar pessoalmente da desobstrução do pagamento. Os carros foram adquiridos pela concessionária para a entrega, conforme previsto pela licitação.

As notas fiscais foram emitidas e a entrega ocorreria no dia 9 de novembro, mas não aconteceu. Aílton Suassuna, no entanto, em novo contato pelo aplicativo de compartilhamento de mensagem reafirmou a necessidade da conversa. Teria dito que quem iria para o encontro seria a irmã, Maévia Pouline Suassuna Porto, secretária de Controle Interno da prefeitura.

A pessoa encaminhada para o encontro, no entanto, foi o secretário de Finanças, Michael Suassuna, também irmão do prefeito. Por meio de operação controlada, que incluiu a captação de áudio, o Ministério Público conseguiu flagrar a conversa.

Após a negociação de R$ 2 mil em propina, conforme revela a investigação, Suassuna teria liberado o pagamento das faturas referentes à compra dos carros. Os extratos do pagamento, apresentados pelo empresário delator, mostram a assinatura eletrônica do secretário e do prefeito. O pagamento da suposta propina ficou acertado para o período da tarde desta quarta-feira (14). Primeiro ficou acertado que o dinheiro seria recolhido por um terceiro, mas Michael entrou em contato com o empresário dizendo que ele mesmo faria a coleta.

O secretário de Finanças foi preso em flagrante, após o recebimento do dinheiro pago pelo empresário, em Patos. A partir daí teve início a procura pelo prefeito, que se apresentou à polícia horas depois. Entre as acusações que pesam contra os dois estão crimes de responsabilidade de prefeito municipal, peculato, concussão, corrupção passiva e organização criminosa.

Em nota, a prefeitura de Tavares alega que “o pregão é a modalidade de licitação mais adequada, correta e econômica para a administração pública. Segundo, o objeto da licitação, na modalidade pregão, já foi recebido e, em contrapartida, devidamente pago pela administração pública do município”.

O documento garante ainda que o prefeito não compactua com qualquer tipo de irregularidade e quando soube do envolvimento do secretário com atos dessa natureza, determinou imediatamente a exoneração do servidor Michael Alysson Suassuna Porto.

Fonte: g1 PB 

Padre Djacy Brasileiro visita presidente do TJPB e agradece adesão à Campanha Solidária

Na manhã desta sexta-feira (24), o presidente do Tribunal de Justiça da Paraíba, desembargador Joás de Brito Pereira Filho, recebeu a visita de cortesia do padre Djacy Brasileiro, criador da Campanha Solidária, a qual o TJPB aderiu. O padre veio agradecer, pessoalmente, ao presidente pelo “Tribunal Solidário”, que disponibilizou nove pontos de arrecadação em Fóruns do Estado, para ajudar os habitantes do Vale do Piancó, vitimados pelos efeitos da seca.

Para o presidente, foi uma grande satisfação receber um homem que luta pelo povo. “Considero toda campanha de doação e amor ao próximo bem-vinda, e é gratificante engajar os servidores a esse propósito”, observou o desembargador.

“A campanha tem o objetivo de socorrer aos irmãos do Vale do Piancó. A maior parte da população vive do bolsa-família, que infelizmente, perdeu o poder de compra. São aproximadamente 100 mil habitantes vivendo sem dignidade, que precisamos amenizar a dor”, afirmou o padre Djacy.

Além do TJPB, o sacerdote buscou a adesão de outras instituições públicas e paróquias, e só no último final de semana foram arrecadadas 800 cestas, aproximadamente 8.000 quilos de alimentos.

O coordenador da campanha, juiz Ricardo Freitas, informou que os pontos de arrecadação estão localizados na sede do TJPB, Fóruns Cível, Criminal e Regional de Mangabeira (Capital), Bayeux, Santa Rita, Cabedelo, Campina Grande e Patos.

“Os servidores, magistrados, familiares e jurisdicionados que queiram contribuir é só deixar a doação em um desses pontos. No dia 15 de março vamos iniciar o recolhimento do material para entregar ao padre Djacy, responsável pela distribuição”, destacou o magistrado.

De acordo com o religioso, a previsão é que os itens arrecadados sejam distribuídos no final do mês de março.

TJPB