O presidente da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), Dinho Dowsley, afirmou durante entrevista ao programa Arapuan Verdade, do Sistema Arapuan de Comunicação nesta sexta-feira (1°), que vem promovendo uma mobilização entre os seus pares para que a maioria dos vereadores possa destinar emendas ao Hospital Padre Zé, que passa por uma grave crise financeira após o escândalo de desvio de recursos na ordem de R$ 140 milhões promovida pelo ex-diretor Padre Egidio de Carvalho.
Durante a entrevista ao programa Arapuan Verdade, Dinho lembrou que só neste ano os vereadores da Casa já destinaram cerca de R$ 700 mil em emendas para o hospital. No entanto, para 2024, o valor deve ser bem maior já que há uma mobilização interna na Câmara Municipal com o objetivo de promover um alívio financeiro e não permitir a interrupção dos serviços.
“Tivemos uma reunião com o padre George nesta semana e ele nos mostrou como está a situação do hospital. Em emendas deste ano, foram destinados R$ 700 mil ao Padre Zé. Fiz um apelo aos vereadores. Se cada um der R$ 100, R$ 50 mil em emenda vai ter dinheiro para o hospital. Se cada um contribuir um pouquinho e fizer a sua parte vamos conseguir cobrir os custos”, disse Dinho.
Novo diretor faz apelo aos vereadores
O novo diretor do Hospital Padre Zé, Padre George Batista, pediu ajuda aos vereadores de João Pessoa após a crise financeira que atingiu a instituição de saúde. A solicitação foi apresentada durante reunião com o presidente da Câmara, Dinho Dowsley, e outros vereadores, na última terça-feira (28).
De acordo com o padre, o hospital tem enfrentado dificuldades financeiras, entre elas, o pagamento da folha dos médicos.
Na semana passada, o padre esteve em reunião com o presidente do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB), e foi decidido que entidades filantrópicas terão que justificar as despesas e receitas que envolvam recursos públicos.
Operação contra ex-diretores
A Justiça da Paraíba expediu três mandados de prisão contra ex-dirigentes do Hospital Padre Zé, de João Pessoa. E um deles é o padre Egídio de Carvalho Neto, ex-diretor da unidade hospitalar, que é suspeito de desvio de verba contra a instituição na ordem de até R$ 140 milhões. Ele foi preso no último dia 17 de novembro.
O delegado André Marcedo, da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco), informou que o padre Egídio se apresentou às autoridades. Sob custódia, ele passou por exame de corpo de delito no Intituto de Medicina Legal (IML) e foi levado para a Central de Polícia, onde deve aguardar a audiência de custódia.
Outras duas pessoas também são alvo dos mandados de prisão: a ex-tesoureira da instituição, Amanda Duarte, e a ex-diretora administrativa, Jannyne Dantas. Elas seguem foragidas.
A determinação das prisões foi do desembargador Ricardo Vital, do Tribunal de Justiça da Paraíba. O pedido inicialmente havia sido negado pelo juiz da 4ª Vara Criminal de João Pessoa, mas o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) recorreu da decisão. O desembargador elenca a garantia da ordem pública, a conveniência da instrução criminal e o asseguramento da aplicação da lei penal para justificar as prisões.
Com Portal Paraíba